Cinema e Pixels indica: O Gambito da Rainha
Atenção! Spoilers!
A minissérie O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit) se apresenta como um dos grandes destaques deste ano da Netflix. Apreciadores ou não de Xadrez, a série consegue alcançar todos os públicos.
A adaptação do livro homônimo de Walter Tevis, se passa nas décadas de 1950 e 1960, narrando a trajetória de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma exímia enxadrista. O nome da série vem de uma das jogadas mais difíceis do Xadrez, o Gambito da Rainha.
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A história de Beth se inicia no orfanato para aonde foi enviada, quando criança, após a morte de sua mãe em um acidente de carro.
No orfanato, ela conhece Mr. Shaibel (Bill Camp), o zelador do local, que em seus momentos de folga, joga Xadrez solitariamente no porão do orfanato. Um dia, Beth o vê jogando e a partir daí ela se encanta pelo jogo. A personagem de Beth quando criança é interpretada pela atriz Isla Johnston.
Com um raciocínio rápido, analítico e um comportamento obsessivo em aprender tudo sobre Xadrez, Beth começa a ganhar as partidas do zelador, que a princípio relutara em ensinar a menina, porém, apenas observando as jogadas de Mr. Shaibel, ela começou a entender o jogo.
Ao se deitar, Beth antecipa as jogadas em sua mente, vendo projetadas no teto do seu quarto, os lances que precisava fazer para ganhar o jogo.
No orfanato, além da amizade formada com o seu parceiro de jogo, Beth tem como melhor amiga a também órfã Jolene (Moses Ingram).
Já adolescente, a enxadrista é finalmente adotada. Pouco tempo depois, os pais adotivos se separam, porém, sua mãe Alma Wheatley investe no dom de Beth.
A partir daí, as conquistas da garota são intercaladas com seus problemas pessoais, principalmente, seu vício por bebidas alcoólicas e demais percalços, como a perda de sua mãe adotiva.
Em um meio em que os homens se destacam, Beth não se deixa abater e segue seu caminho almejando conquistar o universo das partidas de Xadrez.
O Gambito da Rainha poderia ser uma obra de nicho, que só despertasse o interesse de quem conhece Xadrez, mas não é isso que ocorre ao assistirmos à minissérie. Na verdade somos pegos totalmente de surpresa! A história nos envolve por completo desde o primeiro episódio, ao ponto de ficarmos ansiosos para vermos os próximos capítulos.
A atuação da jovem atriz Anya Taylor-Joy como a protagonista é impecável!! Ela brilha absoluta!! A mente brilhante de Beth, suas angústias, inteligência e sua evolução como enxadrista tornam esse um dos melhores trabalhos para a TV deste ano.
Destaca-se também na trama a atuação de Marielle Heller como Alma Wheatley, a mãe adotiva de Beth.