Crítica: Robô Selvagem, nova animação da DreamWorks
Robô Selvagem (Wild Robot), nova animação da DreamWorks estreou muito bem nos cinemas, conquistando o público e a crítica.
A animação é da DreamWorks, mesma casa de animações famosas como Shrek (2001), Kung Fu Panda (2008) e Como Treinar o seu Dragão (2010).
A começar pelo título, as palavras robô e selvagem parecem não combinar. E realmente não combinam. A lógica é intrínseca ao robô e não haveria espaço para lidar com as emoções, em superar desafios que não estão programados em seu sistema.
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O filme trata da robô de afazeres domésticos chamada ROZZUM 7134 ou simplesmente Roz que cai em uma ilha habitada por animais selvagens. A floresta é o lar desses animais e a robô se vê nesse lugar em que ela não havia sido programada para estar.
Uma história sobre reinvenção e adaptação
Primeiramente, a história de alguém que passa a ser responsável, de repente, por outro alguém, já foi levada ao cinema inúmeras vezes. Porém, acredito que o que chame a atenção nesse filme seja a adaptabilidade da robô à nova situação. Sendo que, a floresta é um lugar em que os animais precisam constantemente se adaptar para sobreviver.
Reinvenção é a palavra-chave nessa história. Roz teve que se reinventar, se adaptar a uma situação para a qual não estava programada, literalmente programada.
Após um acidente com um ninho de gansos, ela se dispõe a cuidar do filhote. Os cuidados com o pequeno ganso chamado de Bico-Vivo saíram totalmente da sua programação.
Em segundo lugar, existe o fator do ambiente. Ela estava agora inserida em um local cercado de animais diversos com características diversas, algo que Roz também não estava programada para lidar.
Por conta dos cuidados com o pequeno Bico Vivo, algo diferente começa a se estabelecer na robô. Atitudes maternais afloram e ela tem que se adaptar a todo momento para acompanhar o crescimento do pequeno ganso.
A robô Roz se reinventa, se adapta, tenta encontrar conforto no desconforto e perante isso se torna um novo ser. Acredito que isso seja um dos maiores acertos desse filme, o foco nessa reinvenção de si mesmo que todos nós, em algum momento da vida passamos. Ou em muitos momentos. Se adaptar e se reinventar é algo muitas e muitas vezes necessário.
Como o trailer abaixo cita, uma frase que para mim, trata muito sobre a jornada da personagem: “Às vezes, para sobreviver, temos de nos tornar mais do que fomos programados para ser”. Perfeito!!
Um amigo na jornada
Nessa jornada, Roz tem especialmente a companhia da raposa Astuto. Esse também é um personagem interessante, pois possui características humanas. A princípio, ele se mostra bastante desconfiado com a situação, pois, ele mesmo só deseja se proteger e sobreviver aos perigos constantes da floresta. Mas sua jornada também se transforma com a nova situação. Junto com Roz e Bico-Vivo eles se tornam uma verdadeira família.
Visual encantador da animação
Quanto à parte visual do filme, me chamou a atenção que há, claramente, uma diferença entre o estilo da arte dos animais e a do robô.
Os animais e as paisagens parecem saídos de uma pintura. E ficou extremamente linda essa mesclagem de texturas e estilos.
Parece que finalmente, depois de tantas animações com a mesma estética 3D, algo está surgindo com força. Espero ver mais dessa estética explorada em filmes futuros.
Direção e elenco
O filme é dirigido por Chris Sanders, mesmo diretor de Como Treinar o seu Dragão e é baseado na obra literária de Peter Brown.
O elenco de dublagem original conta com as vozes de Lupita Nyong’o, Pedro Pascal, Kit Connor, Bill Nighy, dentre outros.
Confira o site oficial da animação: https://www.universalpics.com.br/micro/wild-robot
Confira abaixo trailer e cartaz do filme Robô Selvagem, nova animação da DreamWorks.